A pintura de Género, ou petit genre, tem a sua génese na Flandres e nos Países Baixos no século XVI. ​

Este estilo temático destaca-se dos outros géneros por se centrar em aspetos da vida quotidiana, gente comum e atividades mundanas e banais. Este afastamento dos temas tradicionais deveu-se às mudanças sociais, económicas e até culturais que ocorreram durante o Renascimento Flamengo. A obra de van Hamessen “Parábola do Filho Pródigo”, de 1536, sendo um quadro religioso antecipa a temática colocando a cena numa taberna, mas também trazendo a representação para o seu tempo, o cenário é a Flandres de 1536. Van Hemessen abre a porta para um subgénero denominado a Companhia Alegre, que representa grupos festivos em tabernas, concertos piqueniques, etc. 

A pintura de género não se centrava somente nas companhias alegres. O desenvolvimento económico da Flandres e dos Países Baixos do século XVII trouxe novos mecenas e novas liberdades aos artistas que podiam produzir obras para além da típica encomenda. “A Lição de Música”, “A Leiteira” ou “Senhora escrevendo carta e sua Aia” de Johannes Vermeer são exemplos de como a pintura de género nos abre uma janela para uma época.​

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A pintura de género ganha destaque na transição do Maneirismo para o Barroco e começa a ganhar mais adeptos por toda a Europa durante o século XVII, muitos artistas holandeses trabalharam fora dos países baixos e influenciaram artistas locais, como Pieter van Laer que trabalhou em Paris, onde deixou trabalho que influenciou os irmãos Le Nain, e em Roma, onde, em conjunto com outros artistas da Flandres e dos Países Baixos, ficou associado ao género Bamboccianti, um estilo de pintura de género cujas cenas representavam  vendedores, agricultores, soldados , camponeses e mendigos numa visão “realista” da vida popular.

O Século XVIII marca a passagem do Barroco para o Rococó, mais luminoso e fulgurante que o estilo anterior. Neste período a pintura de género continua a ter um papel na pintura, os pintores registam passatempos no exterior, festas e atividades ao ar livre centradas na nobreza e na aristocracia, conhecido pelo estilo Fête Falante, ao contrário do género Companhias Alegres dos pintores da Flandres do século anterior. ​

Contudo, também se registou o quotidiano das gentes comuns, explorando a critica social, o moralismo e até a comédia como William Hogarth. Por seu lado, Jean-Honoré Fragonard ficou associado a cenas de volupia, romance e erotismo, enquanto o seu conterrâneo Chardin registou o dia-a-dia de pessoas comuns.​

O Realismo marca o progressivo abandono do género Histórico, ainda muito presente nos estilos Neoclássico e Romântico. A representação de cenas mundanas e da vida quotidiana estão presentes nas obras de muitos artistas deste século de DavidWilkie a Gustave Courbet ou Ilia Repin. ​

Este estilo também teve os seus representantes em Portugal, sendo um dos seus expoentes José Malhoa.