Inglês
O Inglês assume um lugar de destaque enquanto primeira Língua Estrangeira (LE) estudada nas escolas portuguesas, efeito direto da sua importância enquanto língua universal e uma das mais faladas no mundo. Estes factos traduzem-se “na construção de uma identidade própria do cidadão global na relação com os outros”, respeitando diferentes culturas, modos de estar em sociedade, transparecendo valores de respeito, cooperação e responsabilidade. Neste sentido, a disciplina de Inglês pretende mobilizar saberes das várias áreas do conhecimento, desenvolvendo competências transversais ao currículo, na tentativa de ajudar a construir cidadãos ativos. Para tal, a criação dos blocos da disciplina foi orientada pelos principais documentos em vigor: Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (QECR), Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania e, naturalmente, as Aprendizagens Essenciais correspondentes a cada nível de ensino da língua, incluindo o dos cursos profissionais.
Na disciplina de Inglês, foram criados recursos para os 3.º e 4.º anos; 5.º e 6.º anos; 7.º e 8.º anos; 9.º ano; e 10.º e 11.º anos/1.º e 2.º anos de formação. Em todos, fez-se por estimular a aprendizagem do Inglês enquanto LE, considerando os diferentes níveis de ensino e o conhecimento prévio da língua por parte dos alunos, a fim de desenvolver as diferentes competências previstas nos documentos orientadores já mencionados. Quer no ensino básico, quer no secundário, procurou estabelecer-se relações de interdisciplinaridade, fomentar a criatividade e o espírito crítico e desenvolver no aluno a criação da sua própria identidade de cidadão global, responsável e cooperante.
No que diz respeito aos blocos destinados aos alunos de 3.º e 4.º anos, estes foram desenvolvidos tendo em especial consideração as especificidades do seu público-alvo, ou seja, alunos que estão a iniciar a aprendizagem de Inglês enquanto primeira LE. Assim, como nos blocos de 5.º e 6.º anos, procurou-se abordar as competências comunicativa, intercultural e estratégica, promovendo a compreensão e produção oral, a leitura e a escrita, bem como o desenvolvimento de soft skills. Para tal, a criação dos blocos pedagógicos temáticos dos 1.º e 2.º ciclos recorreu a uma seleção variada de imagens, utilizadas para acompanhar e ilustrar vocabulário em estudo; vídeos com canções ou apresentações simples; gamificação de conteúdos e dramatização por parte de pares, tendo sido muitos dos recursos disponíveis nestes blocos produzidos especificamente para este fim.
Nos blocos criados para o 3.º ciclo, houve a preocupação de adequar o ritmo da comunicação, o grau de dificuldade dos exercícios e de vocabulário apresentados ao nível e faixa etária do público-alvo, distintos daqueles até aqui trabalhados. Diversificaram-se recursos e estratégias, apostando em atividades que visam explorar a compreensão, a interação e as produções oral e escrita, registando-se igualmente uma maior aposta do desenvolvimento da competência intercultural.
No que diz respeito ao secundário, as tarefas propostas, bem como a linguagem utilizada, os temas abordados e a informação apresentada, assentaram numa maior complexidade. A construção dos blocos baseou-se no critério da diversificação dos domínios explorados, da ação estratégica aplicada e dos recursos. Assim, a competência comunicativa foi trabalhada recorrendo a uma variedade de suportes distintos – desde vídeos, textos diversos, músicas e jogos – atividades que visam explorar a compreensão, interação e produção orais e escritas. A competência intercultural foi trabalhada através da exploração de imagens, da reflexão a partir da visualização de vídeos e da proposta de desafios variados. Foi essencialmente nestes blocos dedicados ao ensino secundário que se abordaram temáticas e aprendizagens essenciais previstas para o ensino profissional. Pretendendo-se que este ensino seja encarado em pé de igualdade com o ensino geral, os materiais e abordagens adotadas conseguem, facilmente, alcançar os dois públicos.